Junior & Marcel - Torre de palco no qual cantor sertanejo morreu estava energizada, apontou perícia

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012


Uma das torres do palco no qual o cantor sertanejo Enio Knak Júnior, 28 anos, morreu durante um show, em Santo Ângelo, no domingo, estava energizada, conforme análise da perícia feita nesta terça-feira no local. O perito do Instituto Geral de Pericias, engenheiro eletricista Flávio Kurkowski, que vistoriou os equipamentos de som e toda a montagem do palco do Clube Gaúcho, comprovou uma carga elétrica de 219 voltz em uma das torres. “O local onde a vitima caiu possui todas as condições de provocar o óbito”, afirmou o perito.

O trabalho de perícia foi acompanhado pelo delegado de polícia Rogério Junges, que instaurou inquérito, e pela diretoria do Clube Gaúcho, que estava acompanhada por dois advogados e mais um engenheiro eletrecista. O perito encostou fios elétricos na estrutura metálica e também na quina de uma escada de metal que leva ao mezanino do clube, o que provocou o acendimento de uma lâmpada de 60 watts.

“O músico se abaixou para apanhar algum instrumento e quando segurou com uma das mãos na torre metálica acabou encostando as costas na quina da escada, que possuía ponto zero de energia e serviu como terra, sendo então fatal para provocar sua eletropressão”, disse Kurkowski. Isso justifica o fato do corpo de Enio Knak Júnior apresentar um risco horizontal nas suas costas, única marca provocada pela queda e pelo choque. O perito também concluiu que a montagem dos equipamentos de som estariam fora das normas de segurança, ou seja, com problemas nas conexões elétricas e nos holofotes.

Flávio Kurkowski prometeu encaminhar a polícia civil de Santo Ângelo o laudo conclusivo da pericia em até 10 dias. O delegado de polícia Rogério Junges liberou todas as instalações do salão de festas e do palco do Clube Gaúcho para a limpeza e retirada dos equipamentos de som. “A partir da comprovação do local onde o músico estava e as condições de sua morte, iremos montar com o testemunho dos envolvidos as condições como isso aconteceu”, afirmou o delegado. Junges disse que serão ouvidos os músicos participantes da banda e a diretoria do Clube Gaúcho.

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