'Rei do camarote' de Barretos chega a gastar R$ 7 mil em dez dias de festa

sexta-feira, 28 de agosto de 2015


O empresário artístico Guilherme Luiz Teodoro, de 33 anos, não quer saber de economizar quando decide badalar em uma festa. Conforto, espaços privês, gente bonita e boa bebida o seduzem facilmente.

O curioso é que Teodoro não se preocupa com o bolso, desde que o serviço oferecido esteja à altura do que ele espera. Na Festa de Barretos, por exemplo, o empresário diz ter desembolsado R$ 7 mil para dez dias de boa vida no rodeio em um camarote com muitas regalias. Só para uma das noites no fim de semana passado, ele pagou R$ 900.

A cifra pode surpreender muita gente, mas para Teodoro, um verdadeiro rei do camarote, o importante é aproveitar toda a exclusividade. “Tem de tudo: comida, open bar, visão privilegiada. Tem tudo e mais conforto. Se você colocar na ponta da caneta sai barato”, diz.

Os R$ 7 mil gastos por Teodoro na festa incluem acomodação no camping dos casados, comida, bebida e cinco noites em um dos camarotes mais badalados da arena.
Conhecido no meio sertanejo, ele também ganhou algumas entradas para uma outra balada disputada, em que a noite mais cara chegou a custar R$ 1,5 mil.  “O Brasil está em ‘crise’, mas para festa não tem crise. O povo deixa de pagar conta, mas não deixa de ir à festa. Isso é normal.”

Para o empresário, o camarote permite aproveitar o melhor que a festa tem a oferecer de um lugar privilegiado. A exclusividade e o conforto, entretanto, não são encarados por ele como regalia. “Comer bem, beber bem não é mordomia. É aproveitar. Dinheiro é bom, ajuda, mas tem que viver também. Barretos é um sonho”, destaca.
Tempos difíceis



O luxo que acompanha Teodoro nos últimos anos não era realidade quando a Festa de Barretos começou a fazer parte da vida do empresário, em 1996. Quem o vê sempre nos principais camarotes sertanejos pode achar difícil acreditar que o rapaz, de Santo Antônio do Jardim (SP), onde mora e tem uma fazenda, já pegou carona com desconhecidos e até dormiu dentro do carro nos dias da festa.

“Quando eu comecei a vir, eu vinha na ‘muvuca’. A primeira vez, eu entrei na festa, curti só o que era mais barato, e peguei uma carona para voltar para minha cidade, num ônibus de excursão. Fizemos um porco no rolete uma vez no meio da rua, em frente a uma casa. É muita coisa que passamos até chegar ao camarote. Mas depois que você vai para o camarote, você não quer voltar”, conta.

Ostentação
Acostumado com o universo sertanejo e com a ostentação por causa da profissão, Teodoro diz que não escolhe o camarote pelo status, mas para ter o melhor da festa. “Chega uma idade que você quer coisa boa. Do melhor possível. Se pode, tem que se dar de presente. É um camarote diferente e eu me sinto em casa”, explica.
O empresário também prezou pelo conforto na hora de se hospedar. O “acampamento” montado com os amigos não fica atrás do luxo dos camarotes – além de um cozinheiro contratado para elaborar pratos para a turma, cada “quarto” no camping conta com televisão, cama e ar-condicionado.

Embora jure de pé junto que já passou da fase baladeira, Teodoro se deslumbra com as opções do maior rodeio do Brasil. “Quem não quer estar aqui? Quem não quer estar na maior festa de peão do mundo, no melhor camarote do mundo? É muita sorte. Enquanto eu tiver saúde eu vou vir”.

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