Maria Cecília & Rodolfo - Na Revista Viver Brasil

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Trinta dias em turnê pelo Nordeste do país se apresentando nas festas de são João, no total de 25 shows. Sem descanso, a equipe desceu em São Paulo e embarcou para a Europa – turnê de sete dias. De volta ao Brasil, o público já os aguardava no interior de Minas e de São Paulo, além dos compromissos com a imprensa e a participação no Sertanejo Pop Festival, primeira edição do maior evento do segmento na capital mineira, onde a Viver Brasil acompanhou a dupla.

A entrevista com Maria Cecília e Rodolfo estava agendada para acontecer no hotel. O cronograma incluía ainda encontro com fã-clube local antes de seguirem para o Expominas – local do evento. Uma mudança nos horários do festival antecipou a agenda em uma hora. Com o tempo todo contado, isso significa vários ajustes. Inclusive no nosso bate-papo que tivemos na van.

Mas sem corre-corre. Essas alterações são comuns na estrada, mesmo quando inclui equipe de 30 pessoas. O estresse, quando vem, é em função da vida em um ônibus. “A gente termina um show e se a outra cidade for distante, aí o jeito é dormir no ônibus. Aqui é como uma família. Briga e pouco depois está todo mundo bem de novo”, conta Douglas Oliveira, responsável pelo cenário.

Apertado mesmo fica o coração. Entre banda e equipe técnica, são poucos os que não estão envolvidos em um relacionamento sério. Nequinho Carvalho, percussionista e único não campo-grandense, é casado, tem três filhos e diz que já se acostumou. “Tento ser presente quando estou em casa. E também conversamos sempre.” O irmão de Rodolfo, Frederico Carvalho, integrou a equipe há nove meses. Trocou a pecuária pela estrada a pedido do cantor. “A minha noiva aceita, mas não gosta. Quando estou em casa, ela ainda tem que me dividir com a fazenda.” Ele ainda desabafa: “Estou aqui porque é meu irmão.”


A irmã de Maria Cecília, Rita Serenza, tem uma história parecida. Há um ano e meio na equipe, trocou a vida regrada pela total impossibilidade de agendar compromissos. O que afirma odiar. “O que amo são as surpresas e a experiência de produção. ” A casa em que todos vivem é um ônibus de dois andares. Na parte superior, um banheiro e assentos leito para a equipe. Na de baixo, um quarto para a dupla, guarda-roupa, banheiro e sofá com TV.

Maria Cecília e Rodolfo não apenas cantam juntos, como namoram. Com quatro anos e meio de carreira, dois deles estourados nas rádios em todo país, o relacionamento só começou há um ano e 10 meses. A discrição é tamanha que gera dúvidas sobre a veracidade do namoro em blogs de fãs. Maria Cecília lembra que pessoas especularam se não seria jogada de marketing. “Os fãs são fãs do nosso trabalho. Vamos vender mais show por falar que a gente está namorando? Não influencia em nada na nossa carreira.” Rodolfo completa: “Separamos o pessoal e o profissional”.

O romance, por mais que tentem manter privado, está nos detalhes. Durante conversa com a Viver Brasil, a mão de Maria repousa no joelho de Rodolfo. Ao andar, ele está sempre um pouco à frente e de mãos dadas. Qualquer pergunta direcionada a Maria, Rodolfo parece prestar mais atenção. O cuidado com o bem-estar da parceira é tão visível quanto o de um cão-deguarda com seu dono.

Ao chegar ao festival, Maria Cecília e Rodolfo seguem para o camarim. De repente, a produção do evento chega para levá-los à sala de imprensa. Em seguida, parada para outras três entrevistas exclusivas para veículos de comunicação apoiadores. No retorno ao camarim, mais gente pedindo fotos e autógrafos. Todos atendidos prontamente pela dupla – mesmo a contra-gosto da produção.

Quando retornam ao camarim, cerca de meia hora depois, recebem a notícia: 15 minutos para subir ao palco. É troca de roupa. Rodolfo tem pouco o que fazer: apenas tira o tênis e coloca bota de Bruno Mantovani (o Louboutin dos sertanejos). “As meias são da Maria. Muitos dias na estrada fazem isso. Acaba meia, sabonete, desodorante”, brinca o cantor. Nesse meio tempo, Maria Cecília faz nebulização e Rita a auxilia com os ajustes necessários no figurino. Taísa Nicolai, fonoaudióloga da dupla, pede licença a todos para que eles possam aquecer a voz.

Quando a porta se abre, todos já estão a postos: seguranças, roadies, agente, produtor. Uma comitiva vai corredor afora até o palco, onde os músicos já se encontram posicionados. É atrás da cochia, no backstage, que acontece o ritual da dupla: beijo seguido de abraço. “Quando eram apenas amigos, eles se abraçavam”, relembra o irmão Frederico.

Em seguida, as luzes se apagam e os gritos começam. Uma explosão de fogos de artifício na frente do palco marca o início do show, que segue animado nos 60 minutos de apresentação. No meio do show uma surpresa. As 30 mil pessoas que os assistiam começam a gritar “beija, beija”. Maria Cecília e Rodolfo se entreolham meio envergonhados, desconversam e seguem como se nada tivesse acontecido. O show continua.

Quando termina o espetáculo, Maria Cecília e Rodolfo voltam ao camarim. Agora é hora de receber os contratantes, mais amigos e fãs. Só que o tempo está curto. São quase 20h e em 30 minutos eles precisam embarcar para São Paulo. Amanhã é um outro dia. Sem shows. Estão em estúdio gravando o terceiro álbum. A equipe, segue para Campo Grande, todos empolgados em reencontrar família e amigos após mais de um mês e meio longe de casa.

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